Já
fizemos uma postagem falando sobre os disruptores e como eles trazem tantos malefícios
para a saúde dos seres vivos. Agora vamos tratar de outros focos acerca do assunto.
A
interferência dos disruptores no sistema endócrino se dá pela substituição dos hormônios
naturais ou bloquear a ação hormonal ou ainda aumentar ou diminuir os níveis de
hormônios naturais.
Dentre
os malefícios provenientes dos disruptores são destacados anormalidades sexuais
em crianças e adultos, homens e mulheres. Em relação aos homens, pesquisas
mostram a redução brusca do número de espermatozoides no sêmen que como consequência
reduz a fertilidade masculina. Além do ser humano outros organismos vivos podem
sofre com essas substâncias químicas.
Moléstia
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População de Animais Afetados
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Disfunção da tireoide
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aves e peixes
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Diminuição da fertilidade
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aves, peixes, crustáceos e mamíferos
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Sucesso de incubação
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aves, peixes e tartarugas
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Deformidades de nascimento
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aves, peixes e tartarugas
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Anormalidades metabólicas
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aves, peixes e mamíferos
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Anormalidades de comportamento
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aves
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Desmasculinização e feminilização
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peixes, aves e mamíferos machos
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Desfeminilização e masculinização
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peixes e aves fêmeas
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Perigo para os sistemas imunológicos
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aves e mamíferos.
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De
Onde Vêm Os Disruptores?
Em
apenas um ano as indústrias químicas jogam no mercado aproximadamente mil novas
substâncias que podem atuar como disruptores endócrinos. Destas mil substâncias
apenas a metade são analisadas e testadas, ou seja, o ser humano possui um
conhecimento baixo em relação ao grande número de substâncias espalhadas pelo
planeta e mesmo sabendo que possuem um potencial de agirem como disruptores endócrinos.
Muitas
substâncias químicas sintéticas foram colocadas no ambiente e entre elas estão
substâncias persistentes, bioacumulativas e organohalógenas, que incluem alguns
agrotóxicos (fungicidas, herbicidas e inseticidas), substâncias químicas
industriais, produtos sintéticos e alguns metais pesados. Esses compostos
artificiais são dificilmente degradados e resistem aos processos naturais de
decomposição se acumulam no organismo, submetendo-os a uma contaminação de
baixo nível, mas de longa duração.
O Perigo Continua
A
legislação que relaciona a comercialização dos produtos químicos sintéticos se
preocupa sobre os riscos de câncer e de graves problemas de nascimento com
referencia de um jovem masculino de 70 Kg. E as crianças, adultos, idosos,
mulheres grávidas, onde ficam neste processo? Nem é lavado em conta os efeitos
no sistema hormonal, e quais seriam as complicações para o sistema ecológico como
um todo. Outro fator importante é que os testes da toxidade avaliam cada substância
química por si mesma, enquanto que no mundo real, encontramos complexas
misturas de substâncias químicas.
Considerações
A
legislação e fiscalização dos testes destas substâncias devem possuir maior
rigor, pois elas podem trazer danos para a vida no planeta. Cada novo produto
deve ser submetido a estes testes, antes que cheguem na mesa do consumidor ou
atinja outros animais. A avaliação do risco é utilizada hoje para manter os
produtos perigosos no mercado até que se demonstre que são culpados. As
políticas internacionais e nacionais deveriam basear-se no princípio da
precaução. Portanto é necessária uma política adequada para reduzir a ameaça dos
disruptores.
Fontes
Consultadas
Artigo:
A ameaça dos disruptores endócrinos; Santamarta, José; Agroecol.e
Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.2, n.3, jul./set.2001
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