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Obesidade, Uma Questão de Saúde Pública



A obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, possuem vários fatores que contribuem para o surgimento desta e atualmente ela vem atingindo proporções epidêmicas em muitas partes do mundo se tornando um dos principais problemas de saúde pública. A obesidade pode aumentar o risco para várias questões de saúde, tais como, doenças arterial coronariana, hipertensão arterial, diabetes tipo dois, doenças pulmonar obstrutiva, osteoartrite e certos tipos de câncer.  Entre os determinantes fisiológicos do controle do peso e do apetite estão fatores neuronais, endócrinos, adipocitários e intestinais.


Fatores Endócrinos e Adipocitário

A leptina e a insulina são hormônios secretados em proporção à massa adiposa, e atuam perifericamente estimulando o catabolismo. No sistema nervoso central a insulina e a leptina interagem com receptores hipotalâmicos, favorecendo o estímulo para a saciedade. Indivíduos obesos têm maiores concentrações séricas destes hormônios e apresentam resistência à sua ação, ou seja, para que o efeito de saciedade seja ativado o indivíduo irá necessitar uma quantidade maior de alimento.  

A homeostase energética é controlada por um sistema neuro-hormonal que minimiza o impacto de pequenas flutuações no balanço energético, sendo que a leptina e a insulina são elementos críticos desse controle, ao serem secretados de acordo com a variação da massa adiposa. A leptina, produzida no tecido adiposo branco, atua em receptores específicos do hipotálamo, o qual induz uma sensação de saciedade e auxilia na regulação do balanço energético. Em altas concentrações séricas a leptina não consegue atuar satisfatoriamente, o que acaba limitando o seu efeito anoréxico.

A insulina, produzida pelas células beta do pâncreas, tem a sua concentração sérica também proporcional à adiposidade. A insulina aumenta a captação de glicose, e a queda desta no sangue é um estímulo para o aumento do apetite. Por outro lado, a insulina tem uma função essencial no sistema nervoso central para incitar a saciedade, aumentar o gasto energético e regular a ação da leptina.

O aumento significativo de insulina faz com que as pessoas tenham um apetite elevado e somando com o aumento da leptina que diminui a saciedade por comida ingerida a obesidade facilmente se estabelece no organismo. 

Considerações 


Como a obesidade é determinada pela associação de vários fatores, o seu tratamento não é realizado facilmente. Por isso, o estudo do mecanismo de ação de hormônios tais como a insulina e a leptina, os quais participam do seu processo, pode ajudar a esclarecer alguns aspectos envolvidos na complexidade do comportamento alimentar, da homeostase energética e, consequentemente, da obesidade.

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